segunda-feira, 25 de maio de 2009

Paraty


A região onde hoje está Paraty era ocupada desde tempos imemoriais pelos índios guaianá. As águas abrigadas da baía permitiam uma navegação segura às pequenas embarcações indígenas. A costa cheia de reentrâncias e com uma rede de pequenos rios, cercados por uma vegetação exuberante, oferecia peixe e caça em abundância, além de água potável, lenha e frutos. A própria palavra 'parati' tem origem no nome dado pelos índios a um peixe muito comum na região. As águas abrigadas da baía permitiam uma navegação segura às pequenas embarcações indígenas. A costa cheia de reentrâncias e com uma rede de pequenos rios, cercados por uma vegetação exuberante, oferecia peixe e caça em abundância, além de água potável, lenha e frutos. A própria palavra 'parati' tem origem no nome dado pelos índios a um peixe muito comum na região.

De todo modo, no começo do século XVII o povoado de nome Paraty já existia. Por volta de 1646, o núcleo foi transferido para a baixada entre os rios Perequê-Açu e Patitiba, onde hoje está o centro histórico. A área foi doada por dona Maria Jácome de Mello sob a condição de que a nova capela fosse construída em devoção a Nossa Senhora dos Remédios. Em 1667, depois de um movimento popular que exigiu a separação de Angra dos Reis, a Villa de Nossa Senhora dos Remédios de Paratii conquistou sua emancipação política. Apesar deste fato, era ainda uma vila pobre, com cerca de 50 casas, a maioria de taipa e coberta de palha.

No final do século XVII, ouro e diamante em abundância são encontrados nas Minas Gerais. Mais uma vez, os bandeirantes paulistas se valeram das trilhas abertas pelos índios, desta vez para atravessar a Serra da Mantiqueira e penetrar o sertão do país em busca dos metais preciosos.

O Ciclo do Ouro gerou um intenso fluxo migratório rumo ao interior do país, principalmente de portugueses. Boa parte deste contingente passou por Paraty. A primeira metade do século XVIII é marcada pelo florescimento econômico da vila, que se tornou um movimentado entreposto comercial.

Com o aumento da população na região das minas, o abastecimento de víveres tornou-se um problema. Os alimentos atingiam ali preços exorbitantes. Diante deste quadro, Paraty começou a se estruturar para produzir gêneros alimentícios e abastecer a zona mineira, as vilas do percurso até lá e mais tarde o próprio Rio de Janeiro. Foi esta atividade que sustentou a economia da cidade quando, em 1728, foi aberto o chamado Caminho Novo, uma alternativa que fazia a ligação direta entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro, excluindo Paraty da rota do ouro.

Outra atividade econômica importante no período foi a produção de açúcar. Tratava-se de um produto extremamente valorizado no mercado internacional no final do século XVIII, levando os paratienses a investir pesadamente no cultivo e beneficiamento da cana-de açúcar.

Neste mesmo período, o café começa a se destacar como um produto capaz de reintegrar a economia brasileira ao mercado mundial, depois da queda da produção do ouro.

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